Doenças Oculares
Catarata Congênita | |||
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O que é catarata congênita bilateral total?
É a catarata completa em ambos os olhos. Neste caso o bebê nasce com o cristalino opacificado ou quase totalmente opacificado. Quando abrimos os seus olhos notamos que as pupilas estão brancas.
Assim que o problema é detectado, deve-se encaminhar a criança para o oftalmologista. É muito importante investigar as causas. Elas podem ser infecciosas (rubéola, toxoplasmose, citomegalovirus, entre outras), hereditárias (são mais freqüentes do que se imagina) ou erros metabólicos. Observando as possíveis causas não é difícil imaginar que a catarata pode estar associada a outros problemas sistêmicos ou mesmo fazer parte do quadro sindrômico.Como a catarata é completa, impossibilita os exames, pois o oftalmologista não consegue calcular o grau e também não pode examinar o fundo de olho. Isso acontece porque o cristalino está muito turvo e não deixa a luz dos aparelhos atravessar da superfície da córnea até a retina. Para estes casos, é pedido o exame de ultra-som, com o qual o médico vai conhecer o tamanho do olho, saber se o olho só tem catarata ou se atrás do cristalino também tem alteração (vítreo turvo, descolamento ou fibrose retiniana, entre outros). O exame biomicroscópico e o ultra-som dão condições para o oftalmologista saber se é realmente catarata o que o bebê apresenta. Os bebês se mexem muito, choram e não toleram exames prologados. Isso pode dificultar o diagnóstico diferencial com fibrose retrolental, por exemplo (tecido fibrinoso que se forma logo atrás do cristalino transparente, que também é branco opaco). Contudo, com o auxílio da biomicroscopia e ultra-som, este diagnóstico é possível.
FOTOS
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Doenças relacionadas
O que é Astigmatismo?
Astigmatismo é um tipo de erro refrativo do olho. Os erros refrativos causam visão borrada e são a o motivo mais comum para que uma pessoa visite o oftalmologista.
Causas
As pessoas conseguem enxergar porque a parte frontal do olho pode curvar (refratar) a luz e apontá-la para a superfície posterior do olho, chamada retina.
Alterações no comprimento do olho ou no formato do cristalino ou da córnea fazem com que seja mais difícil para os olhos focar a luz. Se os raios de luz não estiverem claramente focados na retina, as imagens que você vê podem ficar borradas.
Com o astigmatismo, a córnea (o tecido transparente que cobre a parte frontal do olho) se curva de maneira anormal, o que faz com que a visão fique fora de foco.
A causa do astigmatismo é desconhecida. Normalmente, ele está presente desde o nascimento e, muitas vezes, ocorre junto com miopia ou hipermetropia.
O astigmatismo é muito comum. Às vezes ele ocorre após certos tipos de cirurgia ocular, como a cirurgia de catarata.
Exames
O astigmatismo é facilmente diagnosticado com um exame oftalmológico padrão ou com um exame de refração. Em geral, não são necessários exames especiais.
Crianças ou outras pessoas que não respondem ao exame de refração normal podem ter sua refração medida por um exame que usa luz refletida (retinoscopia).
Cegueira noturna
A cegueira noturna, também chamada de Xeroftalmia, é uma doença que frequentemente está relacionada a má alimentação. Ela é causada pela deficiência de vitamina A, mas também pode ser causada pela toma de medicamentos ou pelo mal uso de lentes de contato.
Esse problema é muito mais comum em mulheres e tende a aumentar durante a menopausa, mas não se sabe exatamente o porquê.
A xeroftalmia é um processo que acontece quando há deficiência na produção de lágrimas, suficientes para manter a umidade do olho, deixando-o irritado e vermelho.
O que é Conjuntivite?
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, a conjuntivite ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas. A conjuntivite pode ser aguda ou crônica, afetar um dos olhos ou os dois.
Causas
A conjuntivite pode ser causada por reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes (poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquiagem, etc.). A mais comum delas é a conjuntivite primaveril ou febre do feno, geralmente causada por pólen espalhado no ar.
A conjuntivite pode ser causada, também, por vírus e bactérias. Nestes casos, a conjuntivite é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.
Tratamento de Conjuntivite
O tratamento da conjuntivite é determinado pelo agente causador da doença. Para a conjuntivite viral não existem medicamentos específicos. Já o tratamento da conjuntivite bacteriana inclui a indicação de colírios antibióticos, que devem ser prescritos por um médico, pois alguns colírios são altamente contra-indicados, porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro.
Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da conjuntivite . Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde.
Prevenção
- Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes
- Lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estes são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos
- Não coçar os olhos
- Usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos ou lavar todos os dias as toalhas de tecido
- Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente, enquanto perdurar a crise
- Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza
- Não se automedique.
O que é Daltonismo?
Sinônimos: Deficiência de cores; Cegueira para cores
Daltonismo é a incapacidade de ver certas cores da forma normal.
Sintomas de Daltonismo
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas podem incluir:
- Dificuldade para enxergar cores e o brilho das cores de maneira normal
- Incapacidade de distinguir a diferença entre as tonalidades de cores iguais ou semelhantes
Muitas vezes, os sintomas podem ser tão leves que algumas pessoas não sabem que são daltônicas. Um pai ou mãe pode notar sinais de daltônismo quando uma criança está aprendendo suas cores.
Movimentos rápidos e lado a lado dos olhos (nistagmo) e outros sintomas podem ocorrer em casos graves.
Tratamento de Daltonismo
Não há nenhum tratamento conhecido. No entanto, existem lentes de contato e óculos especiais que podem ajudar as pessoas com daltonismo a distinguir a diferença entre cores semelhantes.
Expectativas
O daltonismo é uma condição para toda a vida. A maioria das pessoas é capaz de se ajustar a ele sem dificuldade ou deficiência.
Complicações possíveis
As pessoas daltônicas podem não serem capazes de obter um emprego que exija a capacidade de enxergar as cores com precisão. Por exemplo, eletricistas (fios codificados por cores), pintores, designers de moda (tecidos) e cozinheiros (usando a cor da carne para dizer se está pronta) precisam ter a capacidade de enxergar cores com precisão.
O que é Degeneração macular relacionada à idade?
A degeneração macular é um transtorno ocular que lentamente destrói a visão central apurada. Isso torna difícil enxergar pequenos detalhes e ler.
A doença é mais comum em pessoas acima dos 60 anos, razão pela qual é frequentemente chamada de degeneração macular relacionada à idade.
Causas
A retina é a camada de tecido mais interna no fundo do olho. Transforma a luz e as imagens que entram no olho em sinais nervosos que são enviados ao cérebro. A mácula é a parte da retina que torna a visão mais precisa e detalhada.
A degeneração macular é causada pelo dano na área ao redor dos vasos sanguíneos que abastecem a mácula. Essa alteração nos vasos sanguíneos danifica a mácula.
Existem duas fases da degeneração macular (DMRI):
- A degeneração macular seca acontece quando os vasos sanguíneos sob a mácula tornamse finos e frágeis. Pequenos depósitos amarelos, chamados de drusas, são formados. Quase todas as pessoas com degeneração macular iniciam com a forma seca.
- A degeneração macular exsudativa ocorre em apenas cerca de 10% das pessoas com degeneração macular. Novos vasos sanguíneos anormais e muito frágeis crescem sob a mácula. Isso é chamado de neovascularização coroidal. Tais vasos vertem sangue e fluidos. Essa forma causa a maior parte da perda da visão associada à doença.
Os cientistas não sabem ao certo o que causa a DMRI. A doença é rara antes dos 55 anos e é mais frequentemente vista em adultos a partir de 75 anos.
Além da hereditariedade, outros fatores de risco são:
- Indivíduos brancos
- Fumo de cigarro
- Dieta rica em gordura
- Gênero feminino
- Obesidade
Exames
Será receitado gotas para alargar (dilatar) suas pupilas. O responsável pelo cuidado ocular, então, vai usar lentes especiais para examinar a retina, os vasos sanguíneos e o nervo óptico.
O médico vai procurar por alterações específicas na mácula e nos vasos sanguíneos. Uma das descobertas mais antigas na DMRI seca é a drusa, depósitos amarelos que se formam na mácula.
Pode ser solicitado que cubra um olho e olhe a um padrão de linhas, denominado tela de Amsler. Se as linhas retas surgirem onduladas, pode ser um sinal de DMRI.
Outros testes para DMRI podem incluir:
- Angiografia de fluoresceína
- Fotografia do fundo do olho
- Tomografia de coerência óptica (OCT)
Sintomas de Degeneração macular relacionada à idade
Você pode não ter os sintomas inicialmente. Conforme a doença progride, a visão central pode ser afetada.
O sintoma mais comum da DMRI seca é a visão borrada. Com frequência, objetos na visão central parecem distorcidos e borrados e as cores parecem desbotadas. Você pode ter problemas em ler impressões ou ver outros detalhes, mas geralmente enxerga-se bem o suficiente para andar e realizar a maioria das atividades rotineiras.
Conforme a doença se agrava, você pode precisar de mais luz para ler e desempenhar tarefas cotidianas. As linhas retas aparecem destorcidas e onduladas. Um ponto escuro ou borrado na visão central gradualmente fica maior e mais escuro.
Em estágios avançados, a pessoa não consegue reconhecer rostos se eles não estiverem próximos.
A DMRI típica não afeta a visão periférica. Isso é muito importante, pois significa que a perda completa da visão não pode ocorrer a partir dessa doença.
A perda da visão central pode acontecer rapidamente. Caso isso ocorra, você vai necessitar de uma avaliação urgente de um oftalmologista com experiência em doença da retina.
Buscando ajuda médica
Se você tem DMRI, seu médico pode recomendar a verificação diária da visão com a tela de Amsler. Procure por ajuda imediatamente se as linhas aparecerem onduladas ou se perceber quaisquer outras alterações na sua visão.
Tratamento de Degeneração macular relacionada à idade
Se a DMRI se tornar avançada ou grave, não há tratamento que consiga restaurar a visão perdida.
Uma combinação especial de vitaminas, antioxidantes e zinco pode impedir a piora da doença, se a DMRI ainda não for grave. Entretanto, não trará de volta a visão que foi perdida. Essa combinação é frequentemente chamada de AREDS.
O AREDS também pode beneficiar pessoas com um histórico familiar e fatores de risco para DMRI antes que surjam os sinais dessa doença.
Somente tome esta combinação de vitaminas se o seu médico receitar. Não se esqueça de informar ao seu médico sobre outras vitaminas ou suplementos que esteja tomando. Fumantes não devem seguir este tratamento.
Os suplementos recomendados contêm:
- 500 miligramas de vitamina C
- 400 unidades internacionais de beta-caroteno
- 80 miligramas de zinco
- 2 miligramas de cobre
Outros suplementos chamados luteína e zeaxantina também podem ser úteis, embora não sejam parte do AREDS. Caso você sofra de DMRI exsudativa, seu médico pode lhe recomendar os seguintes tratamentos:
- Cirurgia a laser (fotocoagulação a laser) um pequeno raio de luz destrói os vasos sanguíneos anormais e hemorrágicos
- Terapia fotodinâmica - uma luz ativa uma droga que é injetada no corpo para destruir os vasos sanguíneos hemorrágicos
- Medicamentos especiais que impedem a formação de novos vasos sanguíneos no olho (terapia antiangiogênica e terapia anti-VEGF) - drogas como bevacizumab (Avastin) e ranibizumab (Lucentis) são injetadas no olho. Esse processo é indolor.
Suportes para baixa visão (tais como lentes especiais) e terapia podem ajudar a enxergar de maneira mais eficaz, melhorando a qualidade de vida.
O acompanhamento é importante.
- Para DMRI seca, um exame ocular completo deve ser realizado por um especialista em visão pelo menos uma vez ao ano.
- Depois de receber tratamento para DMRI exsudativa, você vai precisar de consultas frequentes, talvez mensais, para o acompanhamento.
Na DMRI, o diagnóstico precoce das alterações na visão é muito importante. A detecção precoce leva ao tratamento no início da doença, o que geralmente traz um resultado satisfatório.
A melhor maneira de detectar alterações é realizando o autoteste em casa com a tela de Amsler. Teste cada olho individualmente com a correção para visão que você geralmente utiliza para ler.
Expectativas
A maioria das pessoas com DMRI seca moderada não terá perda da visão central incapacitante. Entretanto, não há como prever quem desenvolverá a forma mais grave da degeneração.
A forma exsudativa da DMRI frequentemente leva à significante perda de visão.
Embora a degeneração macular possa causar a perda da habilidade par ler, dirigir um carro e reconhecer rostos à distância, nunca resulta em cegueira completa. O transtorno causa somente a perda da visão central - a degeneração macular não pode provocar a perda da visão periférica.
A maioria das pessoas que sofre de DMRI consegue sair, comer, realizar higiene pessoal e outras atividades rotineiras sem muita dificuldade.
Complicações possíveis
A perda da visão central pode interferir em muitas atividades do cotidiano, como ler, trabalhar no computador ou dirigir. Você pode necessitar de luz extra ou de ampliadores para visão para desempenhar muitas das suas atividades habituais.
Prevenção
Embora não haja uma maneira conhecida de prevenir a degeneração macular, certos fatores do estilo de vida podem reduzir o risco de desenvolvimento dessa doença:
- Não fume
- Siga uma dieta saudável que seja rica em frutas e vegetais e pobre em gordura animal
- Pratique exercícios regularmente
- Mantenha um peso saudável
Procure regularmente o especialista em visão para realizar exames se tiver olhos dilatados.
O que é Estrabismo?
Desequilíbrio na função dos músculos oculares, fazendo com que os olhos não fiquem paralelos. No estrabismo, ou vesgueira, enquanto um dos olhos olha em frente, o outro está desviado.
Causas
Seis músculos em cada olho controlam os movimentos dos olhos. Para focalizarmos ambos os olhos em um objeto, todos os músculos de cada olho devem estar "balanceados" e trabalhando harmoniosamente. O cérebro controla estes músculos através de impulsos nervosos. Assim, doenças que afetam o cérebro, como paralisia cerebral, Síndrome de Down, hidrocefalia, prematuridade, viroses, traumas e tumores cranianos são acompanhadas frequentemente de estrabismo.
Tipos
Existem diversos tipos de estrabismo; o olho afetado pode estar desviado em direção ao nariz (estrabismo convergente), para o lado (estrabismo divergente), para cima ou para baixo (estrabismo vertical). Pode haver uma combinação de desvio horizontal e vertical num mesmo paciente, como, por exemplo, em direção ao nariz e para cima.
Sintomas de Estrabismo
Os olhos não ficam paralelos.
O estrabismo pode estar presente já no início da vida ou surgir mais tarde, ainda na infância. Pode também aparecer ainda mais tarde, mesmo em adultos, neste caso geralmente causado por alguma doença física não ocular, como o diabetes e doenças neurológicas, ou devido a um traumatismo na cabeça. A incidência, neste último caso, tem-se tornado mais frequente com o aumento dos acidentes de trânsito. Quando surge no adulto, ou na criança grande, o primeiro sintoma do paciente é a visão dupla. Nos estrabismos adquiridos mais cedo, não há esse sintoma.
Antes dos quatro meses de idade, os olhos do bebê podem apresentar pequenos desvios, porém raramente e por períodos de tempo muito curtos. Isso ocorre porque os reflexos que alinham os olhos ainda não estão maduros. Após os quatro meses isso não deve mais ocorrer, pois qualquer desvio ocular freqüente ou permanente, em qualquer idade, é estrabismo e não cura sozinho.
Tratamento de Estrabismo
A baixa visão pode ser curada, desde que um tratamento adequado se inicie muito cedo, antes dos dois anos de idade. Depois disso, as possibilidades de cura pioram rapidamente, pois células cerebrais atrofiadas não podem ser recuperadas. É por esse motivo que o estrabismo é uma questão de urgência. A criança deve consultar um médico oftalmologista especializado em crianças o mais rapidamente possível, assim que o desvio dos olhos é percebido. Por outro lado, todas as crianças devem fazer um exame oftalmológico de rotina, mesmo que não haja nenhuma queixa quanto aos olhos, em torno de um ano de idade, pois há estrabismos de muito pequeno ângulo de desvio, que não são percebidos pelas pessoas não especializadas, mas são suficientes para causar visão dupla. Além disso, pode ocorrer que a criança tenha um problema (miopia, hipermetropia ou astigmatismo) num só olho.Depois de eliminada a baixa visão, passa-se a tratar do desvio dos olhos. Em alguns casos, isso se consegue apenas com o uso de óculos, mas, na grande maioria das vezes, o tratamento é cirúrgico. A cirurgia não é feita sobre o olho, e sim nos músculos que o movimentam. A internação hospitalar é de poucas horas e a recuperação é rápida.
O que é Glaucoma?
Sinônimos: Lesão do nervo óptico
O glaucoma refere-se a um grupo de doenças oculares que provocam danos no nervo óptico, nervo que carrega informações visuais do olho até o cérebro.
Em muitos casos, os danos ao nervo óptico resultam de um aumento da pressão ocular, também conhecida como pressão intraocular.
Causas
O glaucoma é a segunda maior causa de cegueira nos Estados Unidos. Existem quatro tipos principais de glaucoma:
- Glaucoma de ângulo aberto (crônico)
- Glaucoma de ângulo fechado (agudo)
- Glaucoma congênito
- Glaucoma secundário
A parte frontal do olho é preenchida por um fluido claro chamado de humor aquoso. Esse fluido é constantemente produzido na parte posterior do olho. Ele deixa o olho através de canais na parte frontal do olho em uma área chamada de cavidade anterior, ou simplesmente de ângulo.
Qualquer coisa que diminua ou bloqueie o fluxo desse fluido para fora do olho provoca o aumento da pressão ocular. Essa pressão é denominada pressão intraocular. Na maioria dos casos de glaucoma, essa pressão está elevada e provoca danos no nervo principal no olho, o nervo óptico.
O glaucoma de ângulo aberto (crônico) é o tipo mais comum de glaucoma.
- A causa é desconhecida Um aumento na pressão ocular desenvolvese lentamente com o passar do tempo. A pressão empurra o nervo óptico e a retina para trás do olho
- O glaucoma de ângulo aberto tende a ser hereditário. Os riscos à predisposição aumentam caso haja um pai ou avó com este tipo de glaucoma. Afro-descendentes têm maior predisposição para a doença
O glaucoma de ângulo fechado (agudo) ocorre quando a saída do humor aquoso é subitamente bloqueada. Isso origina um aumento rápido, doloroso e grave na pressão intraocular.
- O glaucoma de ângulo fechado é uma emergência. Isso é bem diferente do glaucoma de ângulo aberto, que de forma lenta e indolor vai danificando a visão
- Se você já teve glaucoma agudo em um olho, há um grande risco de que o outro olho seja afetado, e o médico provavelmente recomendará tratamento preventivo
- O uso de midiátricos e de certos medicamentos pode provocar um ataque de glaucoma agudo
O glaucoma congênito é hereditário.
- É presente no nascimento
- Resulta de um desenvolvimento anormal dos canais de circulação do humor aquoso no olho
O glaucoma secundário é causado por:
- Drogas, tais como os corticosteroides
- Doenças oculares, tais como uveíte
- Doenças sistêmicas
Exames
Um exame ocular pode ser usado para identificar o glaucoma. O médico precisará examinar o interior do olho, observando através da pupila, que geralmente é dilatada. O médico geralmente realiza um exame completo do olho.
A averiguação da pressão intraocular (tonometria) apenas não é o suficiente para diagnosticar o glaucoma, pois a pressão ocular muda. A pressão ocular é normal em aproximadamente 25% das pessoas com glaucoma. Isso é chamado de glaucoma de tensão normal. Existem outros problemas que podem causar danos no nervo óptico.
Os testes para diagnosticar o glaucoma incluem:
- Gonioscopia (uso de lentes especiais para verificar os canais de circulação do ângulo)
- Teste de tonometria para medir a pressão ocular
- Imagens do nervo óptico
- Resposta do reflexo da pupila
- Exame retinal
- Exame com lâmpada de fenda
- Acuidade visual
- Medição do campo visual
Sintomas de Glaucoma
Glaucoma de ângulo aberto
- Muitas pessoas NÃO apresentam sintomas até o início da perda da visão
- Perda gradual da visão periférica (lateral, também denominada visão de túnel)
Glaucoma de ângulo fechado
- Os sintomas podem ser intermitentes no início ou piorarem prontamente
- Dor grave e súbita em um olho
- Visão diminuída ou embaçada
- Náusea e vômito
- Halos coloridos ao redor das luzes
- Olhos vermelhos
- Olhos de aparência inchada
Glaucoma congênito
- Os sintomas costumam ser notados quando a criança tem alguns meses de vida
- Nebulosidade na parte frontal do olho
- Aumento de um olho ou de ambos os olhos
- Olho vermelho
- Sensibilidade à luz
- Lacrimação
Buscando ajuda médica
Procure seu médico caso haja dor grave no olho ou perda de visão repentina, principalmente da visão periférica.
Agende uma consulta com seu médico caso tenha fatores de risco para o glaucoma e não tenha realizado exames para verificar a presença da doença.
Tratamento de Glaucoma
O objetivo do tratamento é reduzir a pressão ocular. Dependendo do tipo de glaucoma, isso pode ser feito através de medicamentos ou cirurgia.
Tratamento para o glaucoma de ângulo aberto:
A maioria das pessoas com o glaucoma de ângulo aberto pode ser submetida a um tratamento bem-sucedido com colírios. A maioria dos colírios usados atualmente possui poucos efeitos colaterais, em comparação aos do passado. Pode ser necessário mais de um tipo de colírio. Alguns pacientes podem ser tratados com pílulas para baixar a pressão ocular. Novas pílulas e colírios vêm sendo desenvolvidos para proteger o nervo óptico dos danos do glaucoma.
Alguns pacientes podem precisar de outras formas de tratamento, como o tratamento a laser, para auxiliar na desobstrução da circulação do humor aquoso. Esse procedimento é geralmente indolor. Outros pacientes podem precisar de cirurgia tradicional para abrir um novo canal para o humor aquoso.
Tratamento para o glaucoma de ângulo fechado:
O ataque do ângulo fechado agudo é uma emergência médica. A cegueira pode ocorrer alguns dias depois, quando não é tratado. Colírios, pílulas e medicamento intravenoso são utilizados para baixar a pressão. Alguns pacientes ainda precisam ser submetidos a uma operação de emergência, chamada de iridotomia. Este procedimento usa um laser para abrir um novo canal na íris. Esse novo canal alivia a pressão e previne um novo ataque.
Tratamento para o glaucoma congênito:
Essa forma de glaucoma é quase sempre tratada com cirurgia para desobstruir as câmaras do ângulo. Isso é feito com o paciente completamente anestesiado.
Expectativas
Glaucoma de ângulo aberto:
Com bons cuidados, a maioria dos pacientes do glaucoma de ângulo aberto pode controlar a doença e não perder a visão, mas a doença não pode ser curada. É importante ter sempre acompanhamento médico.
Glaucoma de ângulo fechado:
Diagnóstico e tratamento imediatos ao ataque são a chave para salvar a visão. Busque o atendimento de emergência imediatamente caso haja sintomas de ataque de glaucoma do ângulo fechado.
Glaucoma congênito:
Diagnóstico e tratamento precoces são essenciais. Se a cirurgia for realizada cedo, muitos pacientes não sofrerão problemas futuros.
Prevenção
Não há como prevenir um glaucoma de ângulo aberto, mas pode-se evitar a perda da visão decorrente da moléstia. Diagnóstico precoce e cuidados meticulosos são as chaves para a prevenção da perda da visão.A maioria das pessoas que sofre de glaucoma de ângulo aberto não apresenta sintomas. Todos acima dos 40 anos devem passar um exame óptico pelo menos uma vez a cada 5 anos, ou com mais frequência se fizerem parte do grupo de risco. Os grupos de risco incluem pessoas com histórico familiar de glaucoma de ângulo aberto e afro-descendentes.Pessoas com alto risco para glaucoma agudo podem optar por submeter-se a uma iridotomia antes de sofrer um ataque. Os pacientes que tiveram um episódio anterior podem passar por esse mesmo procedimento para impedir a recorrência.
O que é Hipermetropia
A hipermetropia é um erro de refração que faz com que a imagem seja focada atrás da retina. Dessa forma, a capacidade refratária é alterada em relação aos olhos com visão normal. A hipermetropia causa dificuldade para enxergar objetos próximos e principalmente para leitura de textos.
Sintomas de hipermetropia: O principal sintoma da hipermetropia é a visão embaçada mais para perto, mas também podem existir queixas de dores de cabeça ou cansaço ocular, sensação de peso ao redor dos olhos, ardor, vermelhidão conjuntival e lacrimejamento ocular.
Tratamento de hipermetropia: A hipermetropia pode ser corrigida com o uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa se houver indicação de um oftalmologista.
O que é Miopia?
Sinônimos: Vista curta
A miopia acontece quando a luz que entra no olho é focalizada incorretamente, fazendo com que os objetos distantes pareçam turvos. A miopia é um tipo de erro de refração do olho.
Se você tiver miopia, terá problemas para enxergar objetos que estão longe.
Causas
As pessoas conseguem enxergar porque a parte frontal do olho encurva (refrate) a luz e a aponta para a superfície posterior do olho, chamada retina.
A miopia ocorre quando o comprimento físico do olho é maior do que o comprimento óptico.
Isso faz com que seja mais difícil para os olhos focar a luz diretamente na retina. Se os raios de luz não estiverem claramente focados na retina, as imagens que você vê podem ficar borradas.
A miopia afeta homens e mulheres igualmente. As pessoas com histórico familiar de miopia têm mais probabilidade de desenvolvê-la. A maioria dos casos de olhos com miopia é saudável, mas um pequeno número de pessoas com miopia grave desenvolve uma forma de degeneração da retina.
Exames
Uma pessoa míope pode ler com facilidade a tabela de Jaeger (para leitura de perto), mas tem problemas para ler a tabela de Snellen (para leitura distante).
Um exame geral do olho, ou exame oftalmológico padrão, pode incluir:
- Medição da pressão ocular (consulte: Tonometria)
- Teste de refração para determinar o grau correto dos óculos
- Exame de retina
- Exame de lâmpada de fenda das estruturas frontais dos olhos
- Teste de visão de cores, para identificar um possível daltonismo
- Testes dos músculos que movem os olhos
- Acuidade visual, à distância (Snellen) e de perto (Jaeger)
Sintomas de Miopia
Uma pessoa míope vê claramente os objetos próximos, mas os objetos distantes ficam borrados. Apertar os olhos pode fazer com que os objetos distantes pareçam mais claros.
Com frequência, a miopia é notada pela primeira vez em crianças em idade escolar ou adolescentes. As crianças, muitas vezes, não conseguem ler o quadro-negro, mas podem ler um livro facilmente.
A miopia piora durante os anos de crescimento. As pessoas com miopia precisam trocar de óculos ou lentes de contato frequentemente. Normalmente, o problema para de avançar quando a pessoa para de crescer ou quando chega na faixa dos 20 anos.
Outros sintomas podem incluir:
- Fadiga ocular
- Dores de cabeça (incomum)
Buscando ajuda médica
Marque uma consulta com o oftalmologista se seu filho apresentar estes sinais, que podem indicar um problema de visão:
- Dificuldade para ler o quadronegro na escola ou os cartazes em uma parede
- Segurar os livros muito perto para ler
- Sentar perto da televisão
Marque uma consulta com o oftalmologista se você ou seu filho tiverem miopia e apresentarem sinais de uma possível laceração ou descolamento da retina, incluindo:
- Luzes piscando
- Pontos flutuantes
- Perda repentina de qualquer parte do campo de visão
Tratamento de Miopia
Usar óculos ou lentes de contato pode ajudar a alterar o foco da imagem da luz diretamente para a retina, produzindo uma imagem mais clara.
A cirurgia mais comum para corrigir a miopia é o LASIK. Um laser excimer é usado para remodelar (achatar) a córnea, alterando o foco.
Expectativas
O diagnóstico precoce da miopia é importante, pois uma criança poderá sofrer no meio social e educacional se não puder enxergar bem à distância.
Complicações possíveis
- Podem ocorrer complicações em pessoas que usam lentes de contato (úlceras e infecções na córnea)
- Complicações nas cirurgias a laser de correção da visão não são comuns, mas podem ser graves
- As pessoas com miopia podem, em casos raros, desenvolver descolamento de retina ou degeneração da retina
Prevenção
Não existe nenhuma maneira de prevenir a miopia. Ler e assistir televisão não causam miopia. No passado, colírios dilatadores eram usados como tratamento para diminuir a velocidade do desenvolvimento da miopia em crianças, mas nunca foi comprovado que eram eficazes.
A utilização de óculos ou lentes de contato não afeta o desenvolvimento normal da miopia, eles simplesmente enfocam a luz para que o míope possa ver objetos distantes com clareza. As lentes de contato rígidas às vezes mascaram o desenvolvimento da miopia, mas a visão continua piorando "por trás" das lentes de contato.
Neurite Óptica
Neurite óptica (NO) é uma inflamação do nervo óptico que leva à diminuição – geralmente temporária – da visão. Muitos casos dessa doença estão associados ao aparecimento de outra, a Esclerose Múltipla. Porém, ela também pode ocorrer isoladamente. Nos casos onde há associação com Esclerose Múltipla, comumente a NO é a primeira manifestação dessa doença. Ocasionalmente, a NO pode ocorrer também após infecções envolvendo a órbita, os seios paranasais, ou infecções virais sistêmicas.
Sua incidência é maior em brancos do que em negros, além de afetar duas vezes mais mulheres do que homens. Geralmente aparece a primeira vez em adultos jovens, dos 20 aos 45 anos de idade. Há ainda casos em que afetam crianças – esses casos raramente progridem para Esclerose Múltipla. Estima-se que 75% das mulheres e 35% dos homens que apresentam o primeiro episódio de NO vão apresentar Esclerose Múltipla no futuro.
Pacientes com NO têm uma rápida perda da acuidade visual em um olho, e raramente nos dois olhos ao mesmo tempo. A queda visual pode ser discreta, em apenas uma parte do campo visual, ou até ocorrer a perda total da visão. Geralmente, a diminuição da visão está associada a uma dor retro orbitária durante a movimentação ocular e alteração da visão de cores. Também pode ocorrer queda de visão devido ao calor ou atividade física.
O diagnóstico da Neurite Óptica é realizado através do exame físico feito por um oftalmologista, exames laboratoriais,Campimetria Visual, Potencial Evocado Visual e Ressonância Nuclear Magnética, que é também um instrumento importante para avaliar a existência ou a chance de se desenvolver Esclerose Múltipla.
Apesar de todos os estudos sobre esta doença, seu tratamento é atualmente controverso. Desse modo, desde a simples observação sem medicação, até a internação e o uso de medicação intravenosa podem ser o tratamento correto. A gravidade e o tempo de aparecimento dos sintomas vão direcionar o tratamento mais adequado. A melhora da visão é comumente gradual ao longo de algumas semanas. Porém, pode haver déficit residual, principalmente na visão de cores e de contraste, independente do tratamento escolhido.
O acompanhamento precoce e conjunto entre um oftalmologista e um neurologista é o mais indicado para prevenir ou amenizar as sequelas e a conversão para Esclerose Múltipla, tendo em vista preservar a qualidade de vida do paciente.O pigmentosa da Retinite (RP) UMA E Condição da Doença Opaco primeiramente SEJA identificada e nomeada Pelo Dr. Donders los 1857. O pigmentosa da Retinite E hum Grupo de circunstancias relacionadas Opaco São herdadas, Progressista e Clinica distintivo e compartilha de UMA caracteristica semelhante da distrofia UO de Dano AOS fotorreceptores da retina e fazer epitélio fazer pigmento debaixo dos fotorreceptores.

Retina e pigmentosa Normais da Retinite
A retina normal, E UMA OU UMA membrana Camada Que se encontrem na Parte traseira do Globo ocular. E UMA Camada fotossensível com Milhões de receptores da foto that when São estimulados como Raias Claras CAEM Neles. Estes receptores da foto UO pressas e cones transmitem uma Informação dos testículos Padrões claros AO Cérebro atraves dos Nervos Opaco convirgem parágrafo Formar o nervo ótico. ISTO à conduz Percepção visual normal.

Patofisiologia e Síntomas fazer pigmentosa da Retinite
Não pigmentosa da Retinite HÁ uns Problemas Iniciais da Visão especialmente na luz ofuscante Localidade: Não. ISTO manifestações Como UMA Perda de Visão Das los Torno periferias. Isto É Sabido Como a Visão de Túnel. A Visão Central e poupada ATÉ OS ESTADOS AVANÇADOS da Doença.

O pigmentosa da Retinite E uma Causa diretor da Cegueira degeneração-Associada retina herdada. O Processo da Doença Comeca com como Mudanças nenhum pigmento EO Dano como Artérias e EAo Vasos sangüíneos Pequenos Opaco fornecem uma retina.PoDE Haver UMA atrofia UO hum Dano AO nervo ótico also. O Dano AO epitélio fazer pigmento ocorre devido à pigmentação Opaco Comeca e se estabelece Dentro das Camadas da retina neural.
O Porque a Doença PROGRIDE HÁ UMA Diluição dos Vasos sangüíneos retinas.Gradualmente como Pilhas sensíveis à luz da retina deterioram-se. Fotorreceptores Os da pressa e fazer cone São afetados EO Tipo de defeito Genético determinação Opaco Pilhas São Mais afectadas. O mau funcionamento do fotorreceptor de Rod E o Problema o Mais geralmente ENCONTRADO nenhum RP.
Pigmentosa e genética da Retinite
Ate ágora, Mais de 50 Defeitos Genéticos Diferentes FORAM identificados parágrafo Ser Ligados com o pigmentosa da Retinite. Ao Redor 30-40% São dominante autossômica, 50 A São 60% recessivos autossômica e 5 a 15% São cromossoma de X Ligado (Passado da matriz AO Filho e levado POR Filhas um SEUS Filhos).
Os Formulários dominantes autossômica tendem a ter uns Síntomas Mais Suaves com o Início considerado geralmente AO Redor das quintas UO Sextas Décadas da Vida. O Formulário X-Ligado E o Mais severo com a Perda de Visão considerada um centro Partir na Década da Vida Própria do Terço.
Estatisticas fazer pigmentosa da Retinite
O pigmentosa da Retinite E uma Causa diretor da Cegueira degeneração-Associada retina herdada. A E predominância 1 eme 4.000 empreendedorismo de Todos os Grupos de idade e 1 eme 3.195 PESSOAS na População envelhecida Entre 45 E 64. A variedade ligada X afecta Homens Mais fazer Opaco como Mulheres e OUTROS TIPOS nao tem nenhuma sexo UO Preferência das éticas.
Diagnóstico e Tratamento da Retinite pigmentosa fazer
O Diagnóstico E Feito geralmente com base de nenhuma Exame da retina usando um Lâmpada Cortada biomicrosopy.
Localidade: Não HÁ nenhuma cura parágrafo o pigmentosa da Retinite e nenhum Tratamento E Sabido parágrafo Parar a Perda progressiva da Visão na Circunstância. A Há hum number of áreas de Pesquisa Opaco incluem a terapia genética e como Terapias Antioxidantes Que da estao SENDO exploradas sem Tratamento da circunstancia.
Retinopatia diabética
O diabetes é hoje a maior causa de cegueira na população adulta. Isso porque o diabetes não controlado pode levar a complicações em diversos órgãos, inclusive nos olhos. Estima-se que o Brasil tenha hoje 12 milhões de diabéticos tipo 1 e tipo 21. Destes, 90% dos pacientes tipo 1 e 60% dos pacientes tipo 2 devem desenvolver uma retinopatia diabética ao longo da vida2, que prejudicará sua visão e, se não for tratada, pode causar a cegueira.
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Cerca de 40% das pessoas com diabetes podem ter retinopatia diabética |
A retinopatia diabética, ao contrário do que se imagina, não é uma doença ligada à idade. Adolescentes e jovens adultos também podem desenvolver retinopatia diabética, caso não tenham um bom controle de seu diabetes. A retinopatia diabética acomete a visão devido ao excesso de glicose nos vasos dos olho, que causam danos à retina.
A retina é a camada em que estão alojadas as células que recebem luz e enviam a imagem ao cérebro. Com o excesso prolongado de açúcar no sangue , as células se deterioram se tornando mais permeáveis, possibilitando a formação do edema. Além disso, pode ocorrer o acúmulo de material na parede dos vasos levando a um bloqueio do fluxo de sangue naquele vaso. Essas lesões podem ocasionar vazamento de fluido ou de sangue, e levar à distorção das imagens captadas pela retina. Esse fenômeno é chamado de retinopatia diabética.
Há quatro tipos diferentes de retinopatia diabética. Veja:
Não proliferativa inicial | Esse é o início da retinopatia diabética. A doença ainda é precoce e há pequenas áreas dilatadas nos vasos sanguíneos da retina. | |
Não proliferativa moderada | Nesta fase, os vasos da retina passam a ser bloqueados. | |
Não proliferativa severa | Há uma grande quantidade de vasos da retina bloqueados, o que impede a passagem de sangue e oxigênio. As áreas não oxigenadas criam novos vasos, dando origem à chamada neovascularização. | |
Proliferativa | É etapa mais avançada da retinopatia diabética. A criação excessiva de novos vasos, na tentativa de oxigenar a retina, cria vasos extremamente frágeis, tanto na retina quanto no globo ocular. Por serem mais frágeis, os vasos se rompem e o vazamento de sangue e fluido causa danos à visão e pode levar à cegueira. |
Sintomas da retinopatia diabética podem demorar anos para aparecer, por isso não espere por eles para se prevenir. A identificação da doença em estágio inicial é essencial para o sucesso do tratamento e preservação da visão. Em uma etapa mais adiantada da doença, o paciente pode perceber algumas manchas na visão, o que já caracteriza o aparecimento de sangramentos. A qualquer sinal de manchas na visão, um retinólogo deve ser consultado com urgência, para um diagnóstico correto e o início de um tratamento adequado.
Mas há outros sinais que despertam atenção e que podem levar à suspeita da retinopatia diabética. São eles: visão embaçada, visão dupla, dificuldade para ler, dificuldade ou perda de visão periférica, sensação de pressão nos olhos, perda repentina da visão e moscas ou flashes flutuantes.
Como diagnosticar a Retinopatia Diabética.
O exame mais comum para diagnóstico da retinopatia diabética são asfotografias que documentam o fundo de olho. Por meio delas, é possível enxergar anomalias vasculares, hemorragias, pequenos aneurismas, proliferação de novos vasos, dentro outros.
Entre os exames realizados, estão o OCT (tomografia de coerência ótica), que avalia as estruturas do fundo do olho e a angiografia de retina, que avaliao interior do globo ocular, em especial vasos sanguíneas e nervo ótico.
O oftalmologista retinólogo é o profissional especialista em retina apto a realizar os exames de fundo de olho. É importante, ainda, entender o quadro do paciente diabético e seu histórico glicêmico.
O tratamento da retinopatia diabética depende do grau de progressão em que o paciente se encontra. Nas fases não proliferativas, dificilmente uma intervenção se faz necessária, apenas um acompanhamento periódico com o especialista retinólogo.
No caso de lesões avançadas, como na retinopatia diabética proliferativa, pode-se realizar tratamento por fotocoagulação a laser.
As pessoas com diabetes devem ter atenção com o edema macular diabético , a principal causa de perda de visão na população com idade produtiva3. Trata-se de um tipo grave de retinopatia diabética, que atinge a mácula – a área central da visão.
No caso de um edema macular diabético, o paciente tem outras opções de tratamento, como medicamentos chamados anti-VEGF.
Síndrome do Olho Seco é um dos problemas oculares que mais crescem no inverno
TRACOMA
Tracoma é uma doença inflamatória dos olhos, crônica e recidivante, que afeta a córnea e a conjuntiva, provocada pela bactéria Chlamydia trachomatis, sorotipos A, B, Ba e C. Esse micro-organismo é responsável também por outros quadros infecciosos, como a conjuntivite de inclusão (sorotipos D e K) e algumas doenças sexualmente transmissíveis.
A transmissão pode ocorrer sempre que houver lesões ativas na conjuntiva pelo contato direto entre as pessoas, ou por contato indireto com mãos ou objetos contaminados (toalhas, lenços, produtos de maquiagem, etc.). Alguns gêneros de moscas, especialmente as domésticas e as conhecidas como lambe-olhos, podem transmitir a bactéria para uma pessoa sem a enfermidade, mecanicamente, se pousarem sobre olhos infectados de um doente.
Crianças, mesmo as assintomáticas, e os portadores de infecção ativa representam o principal reservatório dessa bactéria.
HISTÓRICO
O tracoma não existia nas Américas. Os focos da doença surgiram no Brasil em dois momentos e lugares diferentes: no Nordeste, durante a colonização portuguesa e, em meados do século 19, trazidos pelos imigrantes europeus que se dirigiram para o Sul e o Sudeste. Atualmente, apesar das medidas de controle, o tracoma é considerado uma enfermidade endêmica em grande parte do território nacional.
SINAIS E SINTOMAS
O período de incubação varia entre cinco e doze dias.
Nas fases iniciais, quando os sinais se manifestam, o tracoma assume a forma de uma ceratoconjuntivite folicular bilateral crônica com hiperplasia papilar (papilas aumentadas).
Os principais sintomas são sensação de corpo estranho nos olhos, prurido (coceira), lacrimejamento, irritação, ardor, secreção mucopurulenta, hiperemia (olhos vermelhos) e edema palpebral (inchaço).
A repetição das infecções provoca cicatrizes especialmente na conjuntiva que reveste a pálpebra superior, que a deformam. A evolução do quadro é marcada por complicações como o entrópio (margem da pálpebra voltada para dentro do olho), a triquíase (inversão dos cílios que tocam o globo ocular), a opacificação da córnea e a obstrução lacrimal.
O atrito provocado por essas deformações pode produzir úlceras na córnea responsáveis pela perda progressiva da visão e cegueira.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é clínico baseado nos sinais e sintomas. Deve ser levado em conta também se os locais onde vivem os pacientes são considerados áreas de risco para a doença.
Existem, no entanto, alguns exames laboratoriais úteis para identificar o agente infeccioso. Mais do que estabelecer o diagnóstico diferencial, porém, eles são importantes para orientar o tratamento e, quando necessário, para implementar as medidas epidemiológicas na comunidade para evitar que novos casos da doença ocorram.
TRATAMENTO
O tratamento com antibióticos (tetraciclina, eritromicina, azitromicina, ou sulfa) de uso local (colírios e pomadas oftálmicas), ou por via oral, deve ser introduzido tão logo tenha sido feito o diagnóstico clínico, antes mesmo de saírem os resultados dos exames laboratoriais.
Sob nenhum pretexto, o acompanhamento médico pode ser suspenso sem autorização expressa do profissional que acompanha o caso. Ele deve ser mantido durante a fase ativa da doença e depois periodicamente até que seja constatada a cura definitiva do tracoma.
Tais cuidados são indispensáveis por dois motivos: 1) evitar as recorrências que podem levar à cegueira e 2) controlar/interromper a cadeia de transmissão da bactéria. Nesse sentido, as medidas profiláticas devem estender-se a todas as pessoas que entraram em contato com o portador da enfermidade, na própria casa ou nos ambientes que costumam frequentar.
RECOMENDAÇÕES
- Lave sempre as mãos com água e sabão;
- Estimule as crianças a cuidar da higiene pessoal e do lugar onde vivem;
- Saiba que objetos de uso pessoal, como material escolar e toalhas, por exemplo, podem ser veículos de transmissão da bactéria;
- Não se descuide das consultas médicas que devem ser realizadas a cada seis meses até ser determinada a cura definitiva da doença. O principal objetivo desse acompanhamento é evitar as recidivas da infecção que podem levar à cegueira.